Já
fazem 20 anos que ela foi apresentada pela primeira vez, e nesta quinta-feira
(06.07) pela quarta vez , causou um
alvoroço ao ser reapresentada. Estou me
referindo a troca dos bebês na trama de Por Amor, do autor Manoel Carlos, reprisada atualmente (pela segunda vez) no Canal Viva.
A
Cena é a mais forte e emblemática da trama e que nos remetia ao slogan
apresentado nas chamadas de estreia da trama em 1997: “O Que você seria capaz por amor?”
Porém
a apresentação da trama gerou várias outras indagações - Era justo a mãe “matar” um filho em prol da
felicidade do outro? O Atílio,
personagem do Antônio Fagundes, pai
do filho da Helena (Regina Duarte) também deixou no ar no último capítulo da
trama, quando revelada a troca, uma das perguntas mais complexa do folhetim: “Como
é que você pode achar que amor pela sua filha é maior que o meu, pelo meu
filho?”
Enfim,
é uma das passagens mais marcantes da teledramaturgia, e não à toa que mais de
20 anos depois vale a reflexão sobre o
ato da Helena (Regina Duarte), uma mãe que
não media esforços para fazer a felicidade da filha, embora isso tenha a
transformado em uma mulher mimada e cheia de vontades chegando ao auge de não
aceitar o pai alcoólatra.
Por
outro lado a cena também gerou discussão
entre os médicos, que condenaram a atitude do César, o médico vivido pelo Marcelo Serrado, e que ajudou Helena na
troca. Por gratidão a Helena, que o ajudara a se formar e paixão por Eduarda
(Gabriela Duarte), quebrou todo o protocolo e código de ética da medicina com seu ato.
Essa
quarta reprise de Por Amor, a segunda pelo Viva, tão criticada inicialmente, prova que um novelão bem
escrito não envelhece. Eu sou fã
inveterado das tramas do Maneco, e Por Amor é
minha segunda preferida (Depois de História de Amor).
O Autor escreve de forma tão próxima do telespectador e do cotidiano que seus
trabalhos ao invés de envelhecer se renovam.
Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
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