Uma das escalações mais acertadas de Mar do Sertão sem
dúvidas foi o Renato Góes como  o “vilão”
Tertulinho. Recém saído da primeira fase de Pantanal,
onde viveu um personagem forte e emblemático, 
o José Leôncio jovem, conseguiu voltar em personagem totalmente
diferente, com outra pegada e que em nada a interpretação lembra o personagem
anterior,  já está totalmente livre dos
vícios. 
        O Tertulinho é o vilão da trama e terceira ponta do triângulo
amoroso entre Zé Paulino (Sérgio Guizé) e Candoca (Isadora Cruz_), mas graças
ao perfil cômico  e a interpretação espetacular,
 o personagem  ganhou empatia junto ao público e já tem  torcida pelo seu romance com Candoca. Ou
seja,  Mário Teixeira , agora vai
ter trabalho para   fazer com o que o público torça por Zé Paulino
mais que por Tertulinho, por que sabemos que pela história da teledramaturgia,
o que acontece quando um personagem destinado a ser o vilão,  o antagonista,  ganha a empatia do público, graças ao carisma
do seu intérprete.  
        Em 1987, em Direito de Amar,
do Walther Negrão, Carlos Vereza viveu um dos seus maiores sucessos
na Tv, o vilão Sr. Montserrat,  algoz  da mocinha Rosália (Glória Pires) e seu amor
com  Adriano (Lauro Corona), seu filho. O
público feminino se identificou muito com o personagem e passou a torcer por
ele. O Autor teve que intensificar as maldades de Montserrat, e mesmo assim recebeu
cartas de telespectadores apaixonadas. 
        Em 2009, em Caminho das Índias,
Glória Perez viu seu protagonista Bahuan (Márcio Garcia), ser suplantado
por Raj (Rodrigo Lombardi), seu antagonista. Com o decorrer da novela a química
entre Rodrigo Lombardi e Juliana Paes (A Maya), explodiu, e não
deu outra, a autora teve que  mudar a
trama e fez com que o casal se apaixonasse e terminassem a trama juntos. 
        Mar do Sertão ainda está em seu início, mas o Renato Góes
vem arrasando a frente do personagem e acho muito difícil e até perigoso pra o
bom andamento da trama, ele perder esse ar cômico, agradável e adorável do
Tertulinho. 
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Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa 




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