Ele iniciou um novo trabalho na semana
com a estreia da nova novela das seis, Tempo de Amar, e em parceria com Bia Corrêa do Lago, voltou com pé
direito, já que nesta primeira semana a trama vem caminhando para fazer jus a
substituição de Novo
Mundo, com boa audiência e uma história embriagante.
Alcides
Nogueira nasceu em Botucatu, em São Paulo , filho de uma tradicional
família formada por um pai médico, isso
lhe proporcionou desde criança está rodeado por livros, o que lhe fez aprender
ler antes mesmo de ir para escola. Sonhou ser diplomata, mas acabou se formando
em Direito, se especializando em direito autoral.
Em 1977, Alcides Nogueira entra para o campo da autoria com sua primeira peça,
A Farsa da
Noiva Bombardeada - que ficou
apenas um mês no ar e foi censurada. No
teatro seu primeiro grande sucesso foi Lua de Cetim, que recebeu 10 prêmios, e
posteriormente com o fenômeno Feliz Ano Velho, baseada no livro de Marcelo Rubens Paiva, com apresentações
no exterior e agraciado com 28 prêmios.
Na tv, seus primeiros trabalhos foram
programas educativos e textos para o Caso Verdade (1982)
na Globo e no seriado Joana (1984),
protagonizado por Regina Duarte na extinta
Rede Manchete e no Sbt.
Foi na década de 80 a primeira
experiência do autor em novelas, como colaborador principal do Walther Negrão na trama de Livre para Voar (1984),
e no ano seguinte já apresentava o seu
primeiro trabalho como titular, De Quina Pra Lua, tendo como base um argumento do Benedito Ruy Barbosa.
Benedito havia cedido a novela com total
liberdade para Alcides devido compromissos com o teatro. De Quina pra Lua não fez uma trajetória muito satisfatória, e ficou na
lembrança apenas pela dobradinha que rendeu muito entre Eva Wilma e Agildo Ribeiro, os protagonistas.
No decorrer da década de 80, o autor se dedicou as colaborações com autores em tramas que se tornaram ícones
na história da teledramaturgia
brasileira: Direitode Amar (1987), do Walther Negrão; O Salvador da Pátria (1989), do LauroCésar Muniz; Deus nos Acuda (1992), do Silvio de Abreu; Pátria
Minha (1994), do Gilberto Braga e novamente com Silvio de Abreu em 1995 na trama de A Próxima Vítima.
Em 1997, o autor volta a escrever como
titular e apresenta a trama de O Amor Está no Ar, no horário das seis, aquela que
tinha o ET vivido pelo Eriberto Leão. Volta a colaborar com Silvio de Abreu, desta vez na trama de Torre de Babel (1998) e em 1999,
ganha o seu grande momento na teledramaturgia ao dividir a autoria de Força de Um Desejo com Gilberto
Braga. A trama também apresentada no horário das seis, apesar de não ter a
audiência merecida, é considerada uma
das melhores do horário.
Nos anos 2000, o autor subiu para o horário
das sete como co-autor da trama de As Filhas da Mãe,
juntamente com Silvio de Abreu. Escreve um dos episódios de Brava Gente
(2002), e dividiu com Maria Adelaide Amaral a autoria de duas minisséries que marcaram a história da Globo: Um Só Coração (2004) e JK (2006).
Em 2008, Alcides volta ao horário das
seis com o remake de Ciranda de Pedra, nova adaptação do famoso romance
homônimo de Lygia Fagundes Teles,
que já havia sido adaptado para a TV e apresentado na Globo em 1981 com autoria do Mário
Teixeira. A versão do Alcides suplantou o remake e com outros contornos na
história a novela se tornou um dos
sucessos do horário consagrando de vez Ana Paula Arósio em uma personagem com menos holofotes e pedindo da atriz outras facetas.
Em 2011, Alcides Nogueira assumiu a difícil missão de escrever o remake de
uma das tramas mais emblemáticas e de sucesso da autora Janete Clair. O Astro inaugurou o
horário da ditas “novela das onze” e com um estilo narrativo kitsch, exagerado,
melodramático, em texto, interpretações e caracterizações, se mostrou uma
aposta certa da Globo e se
transformou em um dos grandes sucessos dos últimos anos, sendo coroada com o
Emmy Internacional de Melhor novela de 2011.
Depois de aclamado pelo sucesso de O Astro (2011), Alcides
Nogueira tinha a missão de apresentar um trabalho tão bom quanto. Entrou
com I Love
Paraísópolis em 2015, na parceria com
Mário Teixeira, no horário das sete,
e fez jus ao título de autor com Emmy
no currículo. Mesmo com as ideias iniciais da trama terem se esgotado logo nos
primeiros meses da novela – As duas protagonistas que na verdade não eram duas,
e sim apenas a Bruna Marquezine; e o
esfriamento do casal principal Ben (Maurício Destri) e Marizete, a personagem
da Bruna; o autor teve que rebolar para transformar I Love Paraisópolis em uma trama consistente – foi nesse momento
que ganhou destaque o vilão Grego, do Caio
Castro que foi humanizado, assim como a caricata Soraya da Letícia Spiller. I
Love Paraisópolis oscilou no decorrer
dos capítulos, mas acabou fechando com uma novela de roteiro criativo com
destaque para as histórias paralelas.
De volta agora ao horário das seis com Tempo de Amar,
Alcides Nogueira embarca numa trama
de época que tem de tudo para consagra-lo
novamente , que mesmo sem um estilo
próprio, se destacando exatamente
por essa faceta em diversificar, se firmou com um grandes autores da teledramaturgia nacional.
Fonte:
Texto:
Evaldiano de Sousa
Pesquisa:
www.memoriaglobo.com.br www.wikipedia.com.br
Estou decepcionada de saber que Maria Vitória vai terminar ao lado de Vicente.
ResponderExcluirQuer dizer que o mal que a Lucinda fez a Inácio venceu o amor que os dois sentiam?????
Lamentável
Nem tenho mais assistido quase essa novela.