Bebel
de Livre paraVoar (1984) Marília de Fera Radical (1987) – Aimée de Pacto de Sangue (1989)
Carla
Camurati, uma das mais belas e
talentosas atrizes da década de 80 e que
resolveu trocar a premiadíssima carreira de atriz no cinema e na tv para se lançar como diretora e produtora em
1995.
Todo o talento da Carla está podendo ser comprovado na reprise de Fera Radical, trama do autor Walther Negrão no Canal Viva, na qual ela deu vida a sofisticada Marília Orsini. Essa
foi apenas uma das muitas protagonistas e personagens de destaques que ela
interpretou e que lhe consagraram como um grande atriz.
Mas a veia de diretora da Carla Camurati sempre esteve presente
deste a sua época de atriz, e antes de estrear como diretora do longa Carlota
Joaquina – A Princesa do Brasil (1995),
seu primeiro filme, já havia dirigido dois curtas com muito destaque - A Mulher Encontra o Homem Ideal (1987) e Bastidores (1990).
Em 2007, Carla Camurati assumiu a presidência da Fundação Theatro Municipal do Rio de Janeiro e sob o seu comando
foi feito uma grande reforma no teatro
que durou 850 dias e teve um orçamento de mais de 75 milhões. Mostrando a
paixão pelos bastidores das artes
que ela sempre fez questão de
estar.
No post vou relembrar as inesquecíveis personagens
que a Carla viveu na Tv , o que infelizmente vai me deixar com muita saudade
dela na frente da tela, assim como eu fico cada vez que assisto um capítulo da
reprise de Fera
Radical.
Sônia de Brilhante (1981)
Carla
Camurati estreou em novelas na trama de Brilhante, do autor Gilberto Braga , e Sônia foi uma personagem que ganhou um certo
destaque dentro da história. Filha de Bruno (Jardel Filho) e Regina (Célia
Helena), Inteligente, quer independência
, mas ainda usufrui do patrimônio dos pais. Feminista, acha que os pais
deveriam se separar, por acreditar que a mãe se anulou por completo para manter
o casamento.
Olívia de Sol de Verão (1982)
Em Sol de Verão, do Manoel Carlos, Carla Camurati deu vida a aeromoça
Olívia, que integra o núcleo do prédio em Ipanema onde moram Horácio (Paulo
Figueiredo) e Laura (Beatriz). Muito
romântica, é assediada por Miguel (Mário
Gomes), porém se apaixona por Abel, o protagonista vivido pelo Tony Ramos.
Bárbara de Champagne (1983)
Em 1983, Carla Camurati viveu um triângulo amoroso com Antônio Fagundes e Irene Ravache
na trama de Champagne, do autor Cassiano Gabus Mendes. O
Romance a três , acabou ganhando grande
peso dentro da novela quando o público rejeitou o personagem do Fagundes, por
ser um advogado trambiqueiro, e o autor foi obrigado a mudar o foco da sua
história.
Bebel /
Cristina de Livre para Voar (1984)
Livre
para Voar, do Walther Negrão,
marcou a primeira protagonista vivida pela Carla
Camurati na Tv. A Bebel, sua personagem, se finge de Cristina, para
não ser descoberta como a filha
do dono da fábrica de cristais da história. De novo Carla se encontra com Tony Ramos em cena, que vivia o Pardal,
e a química novamente explodiu entre eles. A trama tinha uma história central
fraca mas nem isso prejudicou o trabalho dos protagonistas, e essa personagem
da Carla é sempre lembrada entre as suas melhores.
Marília de Fera Radical (1987)
Cheguei na minha preferida – A Marília
de Fera Radical,
agora no ar pelo Canal Viva. A
Marília foi outra personagem criada pelo Negrão para a Carla, e mesmo dentro de
uma história em que a personagem da Malu Mader estava fadada para ser o centro das
atenções, conseguiu se sobressair e foi se transformando e ganhando trama
própria. Na pele da personagem, Carla
Camurati lançou na moda daquele ano os ternos, até então no guarda-roupa
masculino, para o look das mulheres, quando Marília resolve sair de Rio Novo e assume os negócios
da família. Era uma personagem muito bem construída que, no início trai o noivo
com o próprio irmão, e consegue reerguer
essa relação no decorrer da trama. Seu par romântico, o saudoso Thales Pan Chacon, que vivia o galã
Heitor, acabou virando seu marido na vida real.
Aimée de Pacto de Sangue (1989)
Em Pacto de Sangue, trama da autora Regina Braga, Carla Camurati deu vida a
jovem idealista Aimée. Professora do colégio da cidade, desde muito cedo, com a
morte da irmã, é responsável pela tutela da sobrinha Angélica (Cláudia Cepeda).
Teve como seu primeiro amor o revolucionário da época, Fernando vivido pelo Raul Gazolla. Por uma dessas
coincidências do destino, vem a substituir o
amor de Fernando pelo de Queiroz Antunes, o personagem do Carlos Vereza, homem de idéias totalmente diversa à sua, além de ser também
mais velho, conservador e escravocrata. No meio dessa história Aimée vive esse
conflito e tem que decidir o que é mais importante para ela: O Amor ou a Causa?
Catarina de Brasileiras e Brasileiros (1990)
A Catarina de Brasileiras e Brasileiros, novela
dos autores Carlos Alberto Sofredini e
Walter Avancini, exibida em 1990 no SBT,
foi o último trabalho da Carla Camurati
em novelas antes de abandonar à frente
das câmeras e assumir o posto de
diretora de cinema de vez. A atriz ainda fez uma participação na minissérie Grande Pai (1991) e a
partir de então nunca mais cedeu aos apelos
de uma volta a teledramaturgia. Uma pena, pois como vimos nessa visita por suas melhores personagens, a atriz ainda tinha muito a nos mostrar, quem
sabe ela lendo essa singela
homenagem, resolva nos dar o prazer desse retorno triunfal.
Fonte:
Texto:
Evaldiano de Sousa
Pesquisa:
www.wikipédia.com.br www.memoriaglobo.com.br
Que demais sua homenagem eu amei tbm adoro a Carla e sinto uma grande falta dela nas novelas!
ResponderExcluirTambém gostei. Sentimos falta de grandes artistas como a Carla Camurati mesmo. Estes trabalhos marcaram época.
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