“Tempo de Amar” sobrevive mesmo sem um núcleo de humor!

        A trama de Tempo de Amar, do autor Alcides Nogueira, passou pela análise do grupo de discussão, reunião   que a emissora organiza para analisar o desempenho de suas tramas depois de um certo tempo no ar, com o intuito de descobrir o que pode ser acertado, excluído ou incluso, para que a novela não sofra com rejeição do público.

        Tempo de Amar se saiu bem e passou com louvor pela análise do grupo, apenas com uma observação. Segundo o grupo, o público sente falta de doses de humor na trama. A história  densa e muito dramática  deixa o público melancólico.

        Eu particularmente não sinto falto desse núcleo cômico dentro da novela. A história bem contada com os entrechos e ganchos bem marcados, e com vilões, com a exceção do Fernão (Jayme Matarazzo), mas humanizados, ao invés de  densa, eu diria que a trama  é  romântica.

        Sobre a aura dramática da trama, isso é compensado pelos núcleos mais leves,  como o do Cabaré de Madame Lucerne (Regina Duarte) e o núcleo dos  jovens Tomaso (Rodrigo Vianna), Natália (Giulia Gayoso), Felícia (Amanda de Godoi) entre outros, que não chegam a ser o dito “núcleo cômico”  mas que talvez sejam até mais eficientes ao dar essa leveza a novela do que uma pura e simples escrete de humor dentro da trama. Lembram da inutilidade que era o “núcleo Cadinho” dentro de Avenida Brasil?

Fonte:

Texto: Evaldiano de Sousa