Os
grupos de discussões da teledramaturgia que estão podando nossas tramas
A imprensa divulgou esta semana que, em
segredo, a Globo antecipou o grupo
de discussões sobre a trama de O Outro Lado do Paraíso e
que entre outras coisas revelou que o
público sente falta de humor na trama, como ocorreu em Tempo de Amar, que eu até comentei em post próprio esta semana, além de
rejeitarem o núcleo do gay enrustido vivido pelo Eriberto Leão e a trama da Anã Estela, vivida pela Juliana Caldas.
É óbvio que o público, alvo principal da
teledramaturgia, tem sua opinião soberana
e a Globo já resolveu podar ou alterar as referidas histórias
aproveitando a segunda fase de O Outro Lado do Paraíso que
irá iniciar na próxima semana.
A história do Samuel, que esconde sua
homossexualidade e ainda se mostra homofóbico, vai tomar contornos mais
cômicos, transformando o personagem em um novo Félix (Mateus Solano) de Amor à Vida;
Já a trama da Estela, que sofre bullyng da própria família por ser Anã vai,
infelizmente, ser diminuída.
Os grupos de discussões são incontestavelmente importantíssimos para o
bom desempenho de uma novela, eu só não concordo que eles sejam uma espécie de censura das tramas, podando história que em muitas vezes iriam
render muito, tanto dramaturgicamente ou com
um cunho social como a bela trama que vinha tomando formas em torno da
personagem da Juliana Caldas,
primeira atriz com nanismo a ganhar uma personagem de peso e sem o teor cômico
dentro da tv. Imaginem se a Glória Perez
tivesse se rendido a massa que acusou A Força do Querer de
apologia ao crime? A novela não teria sido o que foi.
Enfim, a história mostrou que novelas
mutiladas por esses grupos de discussões acabaram não tendo um bom desempenho
vide Babilônia
(2015) e A Lei
do Amor (2016), rezemos para que o
mesmo não ocorra com O Outro Lado do Paraíso.
Fonte:
Texto:
Evaldiano de Sousa
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