Novela
baseada em três obras de José de Alencar
e que celebrava o centenário de morte do
autor
Há 40 anos a Globo comemorava o centenário de morte de José de
Alencar levando ao ar a trama de Sinhazinha Flô, novela baseada em três clássico do
autor : A
Viuvinha, Til e O Sertanejo, escrita por Lafayette Galvão, e Bete Mendes e Eduardo Tornaghi como
protagonistas.
A trama se inicia em 1880, onde a luta
pela libertação dos escravos estava no auge e a república caminhava a passos
largos para ser implantada. É neste cenário que nasce o amor entre Sinhazinha
Flô (Bete Mendes) e Arnaldo (Eduardo Tornaghi). Ele, um vaqueiro pobre
que luta, na sua condição de mestiço (filho da escrava Zana), pelo amor de Flô,
filha de seu patrão. Já a jovem vacila entre Arnaldo e um amor de infância:
Jorge (Marcio de Luca), um rapaz que procura sua liberdade particular. Vendendo
sua fazenda ao Capitão Gervásio Campelo (Castro Gonzaga), Jorge vai até o Rio
de Janeiro tentar a fortuna através de jogos e negócios escusos com homens do
café.
O Ano
de 1880 foi escolhido pelo diretor Herval
Rossano e pelo autor pela concentração de acontecimentos políticos importantes
para o enredo da trama – Crises econômicas, mudanças ministeriais, a guerra do
Paraguai e a campanha abolicionista. Neste mesmo ano, José do Patrocínio e André Rebouças lutavam pela libertação dos
escravos no Rio de Janeiro. A Lei de José
Saraiva – que propunha a eleição direta para senadores , deputados,
vereadores, procuradores gerais e juízes de paz – fora aprovada e seria, mas
tarde, um importante impulso para a proclamação da república. Ou seja, a época
escolhida foi um prato cheio para muitos entrechos dentro adaptação.
Bete Mendes, a Sinhazinha Flô, que era uma
junção de três protagonistas dos
romances do autor ( Berta de Til, Carolina de A
Viuvinha e a Flor
de O Sertanejo) brilhou na pele da
protagonista imprimindo toda a delicadeza que mocinha pedia.
A produção e reconstituição de época de Sinhazinha Flô foi
rigorosa. Ana Maria Magalhães fez um levantamento minucioso histórico
sobre o período que serviu de guia para
direção e a composição dos figurinos, importantes ingrediente para dar
credibilidade a história.
“Fogo no Canavial” foi o tema de
abertura da novela, na foz do Jorge Telles. A música foi reaproveitada
da versão censurada de Roque Santeiro (1975). A melodia era a mesma com outra letra.
Além do clima histórico e abolicionista
que era a alma da novela, o autor tinha
a preocupação de mostrar a luta pela
emancipação da mulher através das
personagens Flô (Bete Mendes), Chiquinha (Thaís de Andrade) e Clotilde (Heloisa
Raso).
Infelizmente o excesso de situações,
reflexo da adaptação de três obras em uma só novela, acabou prejudicando o
andamento de Sinhazinha Flô, que mesmo
com toda a produção, reconstituição de época e a primorosa adaptação do Lafayette, a trama
soava confusa. No mesmo capítulo via-se uma novela de aventura com estilo
capa-e-espada, conflitos familiares da Paineira, formação de quilombos e revoltas de escravos. Enfim o reflexo da
junção de um romance urbano com dois regionalistas.
Talvez a intenção da homenagem à José de Alencar não tenha se concretizado de
forma satisfatória, mas Sinhazinha Flô
não deixa de ter sido um momento importante da teledramaturgia nacional.
Ficha Técnica:
Novela do Autor Lafayette Galvão
Baseada nos romances Til,
A Viuvinha e O Sertanejo do José
de Alencar
Direção Geral: Herval Rossano
Elenco:
BETE
MENDES – Flor (Sinhazinha Flô)
EDUARDO TORNAGHI – Arnaldo
CASTRO GONZAGA – Capitão Gervásio Campelo
ANA LÚCIA TORRE – Ermelinda
THAÍS DE ANDRADE – Chiquinha
DANTON JARDIM – Murilo
MÁRCIO DE LUCA – Jorge
HELOÍSA RASO – Clotilde
JOSÉ MARIA MONTEIRO – Juca
FREGOLENTE – Padre Teles
RUTH DE SOUZA – Justa
NEUZA BORGES – Zana
MARCUS TOLEDO – Leandro Barbalho
ÉLCIO ROMAR – André
RICARDO GARCIA – Brás
ARY COSLOV – Marcos Fragoso
ANTÔNIO PATIÑO – Moirão
GILBERTO MARTINHO – Pepe
DARTAGNAN MELLO – Rodrigo
PIETRO MÁRIO – Orvieto
ADEMILTON JOSÉ – Vicente
JOYCE DE OLIVEIRA – Gumercinda
ANGELITO MELLO – João
PAULO PINHEIRO – Manuel Abreu
FREDMAN RIBEIRO – Jó
CLEMENTINO KELÉ – Tião
PAULO TONDATO – Negrum
MARIA DAS GRAÇAS – Mariinha
ANTÔNIO GANZAROLLI – Tuniquinho
GILSON MOURA – Delegado
CLEMENTE VISCAÍNO – Dr. Gustavo
MÁRIO POLIMENO – Chico da Venda
CARLOS DUVAL – Padre Antônio
NARDEL RAMOS – Miguel
LAFAYETTE GALVÃO – Januário
MARCELO BARAUNA – Sussuarana
ANA LÚCIA GREGARY – Isabela
DARCY DE SOUZA – Terta
WALTER MORENO – Zé
SILVIA CHAMECKI BONET – Amélia
ZILCLÉIA DOS SANTOS – Maria
CATULO DE PAULA – violeiro
DAVID PINHEIRO – cigano
SIDNEY MARQUES – empregado de Fragoso
JOANA DE SOUZA – cozinheira de Campelo
EDUARDO TORNAGHI – Arnaldo
CASTRO GONZAGA – Capitão Gervásio Campelo
ANA LÚCIA TORRE – Ermelinda
THAÍS DE ANDRADE – Chiquinha
DANTON JARDIM – Murilo
MÁRCIO DE LUCA – Jorge
HELOÍSA RASO – Clotilde
JOSÉ MARIA MONTEIRO – Juca
FREGOLENTE – Padre Teles
RUTH DE SOUZA – Justa
NEUZA BORGES – Zana
MARCUS TOLEDO – Leandro Barbalho
ÉLCIO ROMAR – André
RICARDO GARCIA – Brás
ARY COSLOV – Marcos Fragoso
ANTÔNIO PATIÑO – Moirão
GILBERTO MARTINHO – Pepe
DARTAGNAN MELLO – Rodrigo
PIETRO MÁRIO – Orvieto
ADEMILTON JOSÉ – Vicente
JOYCE DE OLIVEIRA – Gumercinda
ANGELITO MELLO – João
PAULO PINHEIRO – Manuel Abreu
FREDMAN RIBEIRO – Jó
CLEMENTINO KELÉ – Tião
PAULO TONDATO – Negrum
MARIA DAS GRAÇAS – Mariinha
ANTÔNIO GANZAROLLI – Tuniquinho
GILSON MOURA – Delegado
CLEMENTE VISCAÍNO – Dr. Gustavo
MÁRIO POLIMENO – Chico da Venda
CARLOS DUVAL – Padre Antônio
NARDEL RAMOS – Miguel
LAFAYETTE GALVÃO – Januário
MARCELO BARAUNA – Sussuarana
ANA LÚCIA GREGARY – Isabela
DARCY DE SOUZA – Terta
WALTER MORENO – Zé
SILVIA CHAMECKI BONET – Amélia
ZILCLÉIA DOS SANTOS – Maria
CATULO DE PAULA – violeiro
DAVID PINHEIRO – cigano
SIDNEY MARQUES – empregado de Fragoso
JOANA DE SOUZA – cozinheira de Campelo
Exibição:
25 de Outubro de 1977 à 28 de Janeiro de
1978
Capítulos:
82
Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
Pesquisa: www.memoriaglobo.com.br www.wikipedia.com.br
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