“O Sétimo Guardião” que ainda não
mostrou a que veio
A tão aguardada trama de O Sétimo Guardião,
que marcou a volta do Aguinaldo Silva
ao realismo fantástico, com pouco mais de 1 mês no ar ainda não mostrou a que veio no horário
nobre. Até então todas as promessas de grandes momentos, grandes personagens e cenas
memoráveis ainda estão só nas
promessas mesmo.
Nem o primeiro beijo e transa do casal
Luz (Marina Ruy Barbosa) e Gabriel (Bruno Gagliasso) empolgou, e nesta semana a transformação do Gato Leon
em gente também praticamente não rendeu nada a trama.
Acho que falta algum ingrediente a O Sétimo Guardião que ainda não a igualaram a outras grandes novelas de realismo fantástico
que marcaram a carreira do autor. A Valentina, a vilã vivida pela Lilia Cabral é chata. Não lembra nem de longe outras vilãs do gênero. Falta a ela o magnetismo de
uma Perpétua, da Joana Fomm em Tieta (1989) ou o
glamour estilizado da Maria Altiva, da EvaWilma em A Indomada (1997).
Outro ponto fraco é o casal principal. Até gosto da Marina e o do
Bruno, mas infelizmente esse mês de trama
já provou que a química entre
eles não rolou, falta fogo nas cenas do casal, assim como eram os encontros da
Marina (Adriana Esteves) e Leonardo (Maurício Mattar) em Pedra sobre Pedra (1992) ou a Linda Inês (Giulia Gamm) e Flamel (Edson
Celulari) em FeraFerida (1993).
A audiência já vem mostrando que O Sétimo Guardião caminha para um lugar perigoso, onde o autor vai ter
que se virar para recolocar a trama nos trilhos.
Independente dessa audiência, que em
muitos momentos não reflete a qualidade de uma obra, no caso da trama do Aguinaldo Silva, infelizmente isso é a mais pura verdade. Há
duas semanas e com todos os acontecimentos que a trama sofreu não consigo achar
tesão para assistir com vontade um capítulo inteiro, o que não ocorre como por
exemplo com Espelho da Vida, que mesmo sofrendo
com a audiência fraca, é uma trama que você sente vontade de assistir.
Vai ser muito triste mesmo para a história de O Sétímo Guardião depois
de tudo que teve que vencer para ir ao
ar, terminar como uma trama flopada que
não acrescentou em nada a teledramaturgia nacional.
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Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
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