Pular para o conteúdo principal

Enquete e10blog

Novelas Inesquecíveis – Kananga do Japão (1989)

30 anos de uma das mais requintadas produções da Rede Manchete que tinha o movimento musical dos anos 30 como pano de fundo mesclado com os principais acontecimentos históricos da época


        Em 1989, a extinta Rede Manchete ousou em apresentar uma trama tão requintada e tão bem produzida como foi Kananga do Japão, do autor Wilson Aguiar Filho. A Trama tinha como pano de fundo o movimento musical dos anos 30 mesclado com os principais acontecimentos históricos da época.  
Baseada em uma ideia de Adolpho Bloch e Carlos Heitor Cony, este era um antigo sonho do dono da Rede Manchete de recriar a famosa casa de gafieira Kananga do Japão, frequentada, na década de 1930, por jornalistas. intelectuais, prostitutas, homens do povo e artistas (como Carmen Miranda, Noel Rosa, Pixinguinha, Sinhô e Ary Barroso). A Sociedade Dançante Familiar e Rancho Carnavalesco Kananga do Japão, nome também de uma orquídea e de um perfume usado pelas prostitutas da época, foi criada em 1914 e funcionou até 1929. Ficava na Praça Onze, no Rio de Janeiro, na área do cais do porto, um gueto de negros e judeus e, portanto, de efervescência cultural. Adolpho Bloch desembarcou nesta região em 1922, quando chegou ao Rio vindo da União Soviética.

Kananga do Japão teve um produção tão sofisticada apresentando um fiel panorama dos anos 30, que chegou a reconstituir com alto grau de fidelidade um réplica da Praça Onze.
A história se passa durante a revolução de 1930 e 1932, passou pela intentona comunista (com direito  a inserção  na trama de Carlos Prestes e Olga Benário, representados  pelos atores Cassiano Ricardo  e Bettina Vianny) , o integralismo e a segunda guerra mundial.


        A trama folhetinesca de Kananga do Japão gira em torna do romance de Dora e Alex, os personagens vividos pela Christiane Torloni e Raul Gazolla.  Ela,  uma moça fina cuja família quatrocentona paulista perdeu tudo com a quebra da bolsa de Nova York, em 1929. Filha de um fazendeiro de café que se suicidou ao descobrir que faliu, Dora assume as rédeas da família e muda-se para o Rio com a mãe e as duas irmãs. Elas vão morar na Pensão Maravilha, na Praça Onze, de propriedade de Epílogo (Rubens Corrêa), seu tio farmacêutico, uma pessoa mais interesseira do que realmente amiga.
Ao trabalhar na chapelaria da Kananga do Japão, Dora entra em contato com o universo de boêmios e dançarinos e se envolve com o malandro Alex, um cafetão, figura conhecida de todos e amado pelas mulheres. Apaixonado, Alex chega a pedi-la em casamento, mas a jovem quer mais da vida. Chegou ao Rio determinada a recuperar o prestígio e a fortuna que desfrutava em São Paulo.
Assim, quando surge a chance – o milionário piloto de automóveis Danilo Viana (Giussepe Oristânio) -, Dora não a deixa escapar. Porém, o que quase todos desconhecem é que o pai de Danilo, o industrial Chico Viana (Carlos Alberto), é também o verdadeiro pai de Alex, que matara sua mãe no passado. Inconformado com a decisão da amada, Alex casa-se com a dançarina Lizette (Elaine Cristina), que sempre fora apaixonada por ele. E todos são infelizes.
As coisas se complicam quando a mãe de Danilo, a elegante Letícia (Tônia Carrero), se apaixona por Alex e este vale-se desta paixão para dar um golpe na grã-fina. Dora, por sua vez, descoberta pelo jornalista maldoso Noronha (Claudio Marzo) em seus encontros extraconjugais com Alex, sofre uma retaliação pessoal. Ela se vinga matando Noronha a tiros.
Dora  é absolvida deste crime, mas condenada mais tarde por outro, que não cometeu, de ser comunista. Ao final, Dora e Alex ficam juntos e felizes enquanto estoura a Segunda Guerra Mundial. No Brasil, a data marca a demolição da Kananga do Japão, determinada pela necessidade de alargamento da avenida Rio Branco.

Christiane Torloni  era a grande estrela da trama, já estava na Rede Manchete desde Corpo Santo (1987), vindo de dois grandes sucessos da Globo, a Jô de  A Gata Comeu (1985) e a vilã Fernanda do remake de Selva de Pedra (1986), e na pele da Dora foi espetacular emprestando seu charme e talento para uma personagem dúbia, e por isso mesmo uma protagonista rica em entrechos e história. Porém,   a diretora da trama declarou em entrevistas que teve problemas com Christiane, uma atriz personalística, que implicava com tudo ao seu redor. A Diretora ficou cerca de dois meses sem sequer falar com a atriz, dando-lhe um gelo, o que acabou  resultando em um trabalho impecável de ambas sob a personagem. Os problemas foram tão grandes que Adolpho Bloch  chegou a autorizar a diretora a desligar Christiane, o que  teria sido  um tiro no pé. Impossível imaginar outra atriz na pele de Dora. Como presente, Christiane Torloni foi eleita a melhor atriz do ano pela APCA e Tizuka Yamasaki, a melhor diretora.

Maitê Proença foi a primeira cogitada para o papel da protagonista Dora. Bruna Lombardi e Vera Fischer estudaram uma proposta da Manchete, mas as negociações não avançaram. Cláudia Raia e Glória Pires recusaram. Quando a direção pensou em lançar uma nova atriz, a estreante Cristiana Oliveira,  foi uma das opções , porém o papel precisava de uma atriz de peso , assim Cristiana ficou  com outro papel, a jovem judia Hannah.

Raul Gazolla, galã teen da Globo, foi alçado ao posto de protagonista na Manchete  como o cafetão Alex,  o que deu um novo status a sua carreira.
Antes do Gazolla,  nome ainda pouco conhecido do grande público, Nuno Leal Maia, Mário Gomes e José de Abreu foram convidados para viver Alex. Outras escalações que não se concretizaram: Norma Bengell para o papel de Letícia Viana (que ficou com Tônia Carrero), Luma de Oliveira como Silvia (Júlia Lemmertz) e Beatriz Segall como Josephine (Rosamaria Murtinho).
A Manchete queria uma elenco jamais visto em produções até da Globo, e nomes como Vera Gimenez, Georgia Gomide, Bia Siedl e Rodrigo Santiago foram substituídos, respectivamente, por Tamara Taxman, Yara Lins, Cristiana Oliveira e Rui Rezende. Todos saíram por desavenças com a diretora Tizuka Yamasaki.

A novela misturava ficção com realidade.  O Pano de fundo era o movimento musical dos anos 30, e Wilson Aguiar Filho costurou com maestria o folhetim com os principais movimentos históricos da década enfocada. Com isso figuras históricas desfilaram pela trama como o escritor Graciliano Ramos (Ivan Setta), a psiquiatra Nise da Silveira (Guida Vianna), Madame Satã (Jorge Lafond), o Barão de Itararé (Marcos Oliveira), e cantores e músicos como Francisco Alves (Caíque Ferreira), Ary Barroso (Sebastião Lemos), Carmen Miranda (Stella Miranda), Mário Reis (Fernando Eiras) e Vicente Celestino (Luís Carlos Buruca).

O Requinte da novela se via já em sua abertura,  assinada por Adolfo Rosenthal e Toni Cid Guimarães, na qual um casal dançava em meio a imagens de fatos que caracterizavam a época, entremeadas pelo carnaval de rua, ao som da canção Minha, do Francis Hime e Ruy Guerra, em uma gravação da cantora Misty. Dividida em quatro quadros, a abertura tinha como temas: porto, guerra, baile e campo – este último, baseado no famoso quadro Café de Cândido Portinari. A abertura foi coreografada por Carlinhos de Jesus, que chegou a fazer uma participação na trama da novela.
A novela marcou a estreia de Cristiana Oliveira  na Tv, que deixou Kananga do Japão, juntamente com Claudio Marzo, antes do seu término, para protagonizarem Pantanal no ano seguinte. Cassiano Ricardo, Via Negromonte e Elisa Lucinda também estrearam na trama.
Kananga do Japão foi a última trama do autor Wilson Aguiar Filho, que faleceu em 23 de agosto de 1991, aos 39 anos, em um acidente de trânsito no Rio de Janeiro.

Mesmo sem a repercussão que teve Dona Beija (1986) ou o fenômeno que seria Pantanal (1990), Kananga do Japão  apresentou uma qualidade técnica, plástica e artística impecável, principalmente se levarmos em conta que foi produzida fora dos padrões da Globo. É aquele tipo de trama para nunca ser esquecida e no mínimo revista de 10 em 10 anos, devido a tamanha importância dos acontecimentos retratados e bem costurados no texto do Wilson Aguiar Filho,  os entrechos folhetinescos  interessantes, um elenco bem escalado,   que queria fazer dar certo e a impecável e requintada produção, além da  direção cirúrgica de Tizuka Yamasaki.

Ficha Técnica:

Novela do Autor Wilson Aguiar Filho
Baseada na ideia original de Adolpho Bloch e Carlos Heitor Cony
Direção: Tizuka Yamasaki e Carlos Magalhães

Elenco:
CHRISTIANE TORLONI – Dora Tavares
RAUL GAZOLA – Alex Ferreira
ELAINE CRISTINA – Lizette
GIUSEPPE ORISTÂNIO – Danilo
TÔNIA CARRERO – Letícia
CARLOS ALBERTO – Chico Viana (Francisco Lima Viana)
JÚLIA LEMMERTZ – Sílvia
ANA BEATRIZ NOGUEIRA – Alzira
VIA NEGROMONTE – Madalena
NELSON XAVIER – Caveirinha
CLÁUDIO MARZO – Noronha
CARLOS EDUARDO DOLABELLA – Orestes
LÚCIA ALVES – Daisy
CHICO DIAZ – Olegário
YARA LINS – Zulmira
RUBENS CORRÊA – Epílogo
ROSAMARIA MURTINHO – Josephine
TARCÍSIO FILHO – Júlio
ERNESTO PICCOLO – Vado
PAULO CASTELLI – Henrique
CRISTIANA OLIVEIRA – Hannah
SÉRGIO VIOTTI – Saul
RIVA NIMITZ – Eva
ZEZÉ MOTTA – Lulu Kelly
HAROLDO COSTA – Juca
BUZA FERRAZ – Dudu
EWERTON DE CASTRO – Saraiva
TAMARA TAXMAN – Zazá
RUY REZENDE – Jorge
ANTÔNIO PITANGA – Bira
VICENTE BARCELLOS – Yoschua
MAURÍCIO DO VALLE – Torquato
PAULO BARBOSA – Sinhô
SOLANGE COUTO – Ritinha
ELISA LUCINDA – Sueli
KAREN ACCIOLY – Clotilde
MARIA ALVES – Isaura
SANDRO SOLVIAT – Ataliba
MARIA SÍLVIA – Brígida
ADRIANA FIGUEIREDO – Amália
e
ADRIANA MAIA
ABRAHÃO FARC – Natan Xavier
ALCIONE ARAÚJO
ALEXANDRE FREDERICO – Ernesto
ALEXANDRE MARQUES – Edivaldo Targino
ALINE MOLINARI – Maria Werneck (advogada que integrava a Liga Antifascista, companheira de cela de Dora)
ÁLVARO FREIRE – Rodolfo Ghioldi (marido de Carmem, argentino que veio assessorar Luís Carlos Prestes na Intentona Comunista)
ANA KFOURI
ANSELMO MORENO
ANTÔNIO POMPEO – Pai Alabá
ARMINDO FONSECA – Beijo Vargas (irmão de Getúlio Vargas)
BETE COELHO – Lygia Prestes (irmã de Luís Carlos Prestes)
BETTY ERTHAL – Maquila (mulher de Harry Berger, companheira de cela de Dora)
BETTINA VIANNY – Olga Benário (militante comunista alemã, mulher de Luís Carlos Prestes)
BRENO BONIN – Plínio Salgado (político e jornalista, fundador da Ação Integralista Brasileira)
CAÍQUE FERREIRA – Francisco Alves (cantor)
CARLINHOS DE JESUS – Duque (famoso dançarino de maxixe, parceiro de dança de Dora, a leva para dançar na Europa)
CASSIANO RICARDO – Luís Carlos Prestes (militar e político comunista, marido de Olga Benário)
CÉSAR FILHO – Afonso Carvalho
CLEMENTE VISCAÍNO
DANIELA PEREZ – Daniela (parceira de dança de Alex)
DANIELLE DAUMERIE – Odília (amante de Danilo, quando ele está casado com Dora)
DENISE ROCHA
EDWIN LUISI – Dr. Renato Braga
FAUSTO FERRARI
FERNANDO EIRAS – Mário Reis (cantor)
GÉRSON BRENNER – advogado de Dora
GUIDA VIANNA – Nise da Silveira (médica psiquiatra, companheira de cela de Dora)
HARRY STONE – Richard
ISAURA LEITE ROCHA
IVAN SETTA – Graciliano Ramos (político, jornalista e escritor, autor de “Vidas Secas” e “Memórias do Cárcere”)
JITMAN VIBRANOVSKY – rabino
JONAS MELLO – Cesário Campos Alvarenga (advogado que Alex contrata para defender Dora, no caso do assassinato de Noronha)
JORGE CRESPO – Jofre (filho de Juca e Josephine)
JORGE LAFOND – João Francisco dos Santos, o Madame Satã (malandro homossexual famoso na região da Lapa na década de 1940)
JOSÉ JOFFILY FILHO
JOSÉ PRATA (PRATINHA)
JULIANA MARTINS – Joana
KARINA COOPER – Eneida de Moraes (escritora e militante política, companheira de cela de Dora)
KLEBER DRABLE – juiz no julgamento de Dora, no caso do assassinato de Noronha
LEONARDO JOSÉ – promotor no julgamento de Dora, no caso do assassinato de Noronha
LETÍCIA VOITA – Adélia
LUÍS SALÉM – Campos da Paz (advogado, é preso durante a Intentona Comunista)
LUIZ CARLOS BURUCA – Vicente Celestino (cantor)
MÁRCIO FELIPE – Tuinho
MARCOS OLIVEIRA – Apparício Torelly, o Barão de Itararé (precursor do jornalismo de humor no Brasil)
MARCOS WAIMBERG – Arthur Ernest Ewert, ou Harry Berger (alemão que veio assessorar Luís Carlos Prestes na Intentona Comunista)
MARÍLIA BARBOSA – Araci Cortes (cantora)
MARTHA RICHTER – Liúba
MONALISA LINS – Carmem Ghioldi (mulher de Rodolfo Ghioldi, companheira de cela de Dora)
NILDO PARENTE – Delegado Frota Aguiar
PAULO CATTÁ
PAULO GORGULHO – Capitão Juarez Távora (militar e político, apoiador de Vargas)
PAULO REIS – Capitão Eduardo Gomes (aviador, militar e político)
RICARDO BLAT – Enéas Machado (radialista, criador do Código Brasileiro de Radiodifusão)
ROBERTO BOMTEMPO – Bodoque
SEBASTIÃO LEMOS – Ary Barroso (músico e compositor)
SÉRGIO BRITO – Theodoro (pai de Dora, Alzira e Madalena, marido de Zulmira, irmão de Epílogo, comete suicídio no início)
SILVEIRINHA – Valdemar Nóia Luquequi
STELLA MIRANDA – Carmen Miranda (cantora)
TICIANE PINHEIRO – Talita
VALÉRIA SEABRA – Rosa (amante de Chico Viana, sua secretária na fábrica)
VITOR – Antônio (filho de Dora e Danilo)
WANDY DORATIOTTO – César Ladeira (radialista)
Exibição: 19 de Julho de 1989 e 25 de Março de 1990
Capítulos:  208
Veja Também : 
Aberturas das novelas da Rede Manchete
Aberturas Inesquecíveis - Kananga do Japão (1989)
Meus Personagens Favoritos da Crhistiane Torloni
Nossos Autores - Wilson Aguiar Filho 
Novelas Inesquecíveis  - Poder Paralelo (2009)
e10blog
Novelas Inesquecíveis 
Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa

Comentários

  1. Excelente artigo. Que saudades me veio à memória essa grande novela.

    ResponderExcluir
  2. Uma das melhores novelas que assisti. Gostaria de rever.
    Sinto muito o fim da tv Manchete !

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Veja quais são os títulos que a Globoplay vai disponibilizar em Novembro

Império  - Marina  - Meu Marido  - Senhora           Veja   os títulos disponibilizados   na Globoplay   em novembro   : 03.11   - Império   (2014) - A trama de  Império , a do comendador vivido pelo  Alexandre Nero , do autor  Aguinaldo Silva , vai voltar pelo Projeto Originalidade .   10.11   - Marina (1980)   -  Novela que o  Wilson Aguiar Filho  escreveu para o horário das seis em 1980, baseado no  romance   Marina   do escritor  Carlos Heitor Cony entra pelo Projeto Fragmentos . A Novela é protagonizada por Denise Dumont   e   Lauro Corona . 17.11   - Meu Marido (1991) -   é a minissérie   do mês. Protagonizada   por Elizabeth Savalla e Nuno Leal Maia , a trama tem como fio condutor a investigação sobre o envolvimento de Carlos Zanata, um homem aparentemente íntegro e honesto, pai de famí...

Trilha Sonora Eterna – Rainha da Sucata Nacional (1990)

        Quem ai  nunca dançou lambada? O Ritmo caliente  surgiu no Brasil  na década de 80  e depois de uma baixada na poeira,  voltou aos hits das rádios logo  que entrou como pano de fundo da   trama de Rainha daSucata , do Silvio de Abreu , no início da década de 90.         O “Ê , eô, eô . . .” de “ Me chama que Eu Vou ” do Sidney Magal , tema de abertura da novela, ecoou nos quatro cantos do Brasil e tornou novamente a Lambada um dos ritmos obrigatórios em todas as festas e boates da época.         Assim como a Lambada, Rainha da Sucata foi um dos grandes sucessos do horário nobre naquele começo de década. A oposição entre os novos-ricos e a elite paulista decadente rendeu muitos entrechos a novela,   mostrando esse contraste através das duas protagonistas : Maria do Carmo Pereira , a sucateira, nova – rica...

Conheça a história de Gerluce, uma das protagonistas de “Três Graças” - A Nova novela das nove global

  A protagonista da próxima novela das 21hs da  Tv Globo,   Três Graças   , Gerluce vivida por  Sophie Charlotte  é uma mulher marcada pela má sorte no amor e movida por um forte desejo de vingança contra o poderoso Santiago (  Murilo Benício  ), o responsável por um esquema de falsificação de remédios que prejudicou a saúde de sua mãe Lígia (  DiraPaes ) . Em sua jornada Gerluce vai deparar com os interesses conflitantes de seus amores: Jorginho( Juliano Cazarré  ): - pai de sua filha Joélly ( Alana Cabral). Presidiário, abandonou Gerluce grávida na adolescência. Na prisão é impactado pelos cultos do pastor Albérico (  Enrique Diaz  ), viúvo e pai de Kellen Cristina( Luiza Rosa ), grande amiga de Joélly. Gilmar( Amaury Lorenzo ): motorista de ônibus, casado com Kátia ( Nataly Rocha ), teve um breve envolvimento com Gerluce, mas a enganou fingido ser divorciado. Bagdã( Xam...

Personagens desperdiçados, descaracterizados e/ou esquecidos no remake de “Vale Tudo”

        Vale Tudo , o remake do clássico do Gilberto Braga , reescrito pela     ManuelaDias ,    está chegando em sua reta final   e , entre   críticas e   aplausos, a nova trama começou com o “copia e cola” da primeira versão e   por volta da   sua metade, a autora resolveu   fazer mudanças na história e consequentemente   no perfil e rumo de alguns personagens.         Isso acabou descaracterizando personagens   já imortalizados   em nossa memória afetiva   e causando uma   avalanche de criticas a autora, inclusive dos próprios intérpretes.          Nem todo personagem de uma novela consegue cair no gosto do público ou marcar a trama de forma duradoura. Em Vale Tudo de 1988, clássico absoluto da teledramaturgia brasileira, muitos nomes ficaram eternizados — como Maria de Fátima ( GlóriaPires) , Raque...

Rapidinhas – 07.12.2024

  “ Tieta ”   o grande acerto no “ Vale a Pena Ver de Novo”         Mas do que nostalgia, a escolha de Tieta para o Vale a Pena Ver de Novo foi o grande acerto da Globo . Alma Gêmea precisava de uma substituía a altura e a trama oitentista, sempre aclamada   pela crítica e pelo público   veio na hora   certa.   Rever grandes atuações, grandes   personagens   e sequencia inesquecíveis será um deleite e para    a    nova geração ver uma novela desse nível, de uma época   em que se levava a sério fazer o gênero,   sem dúvidas uma viagem necessária.   “ Plumas e Paetês ”   no Viva         Plumas e Paetês (1980) vai ganhar uma reprise no Viva . A novela do Cassiano Gabus Mendes e Silvio de Abreu estreará no dia 20 de janeiro. A trama substituirá Corpo a Corpo (1984) e será exibida no canal pela primeira vez.   ...

No Tema e Na Trilha do Fagner

        Fagner é meu conterrâneo, é  um dos grandes nomes cearenses no cenário nacional. O Cantor nasceu em 13 de Outubro de 1949 na cidade de Orós.         Aos seis anos ganhou seu primeiro concurso de música em uma rádio local cantando uma música em homenagem ao dia das mães.         A Carreira nacional desse nordestino começou de uma maneira muito imprevisível. Mudou-se para Brasília em 1970 para estudar arquitetura na Universidade de Brasília, e lá participou do Festival de Música Popular do Centro de Estudos Universitários de Brasília com a música “ Mucuripe ”  em parceria com Belchior .  A Partir de então as músicas interpretadas pelo cantor passaram a conquistar os bares do sudoeste brasileiro.        O Primeiro compacto Fagner gravou em 1971, e depois que Elis Regina regravou “ Mucuripe ” o talento como cantor e c...

Rapidinhas - 01.11.2025

Sol e   Léo – “ Vai na Fé”   e “ Dona de Mim ”    juntas / O reencontro de Estela (Larissa Manoela) e Anabela (Isabelly Carvalho) marca a semana   “ Êta Mundo Melhor ”.   Sol e   Léo – “ Vai na Fé ”   e “ Donade Mim ”    juntas         O   Mundo verso   de Rosane Svartmann entrou no modo on e   nos   emocionou   nos   capítulos desta semana de Dona de Mim .   Léo (Clara Moneke) começou a realizar um dos seus sonhos, ao lado de Sofia (Elis Cabral), a jovem fez o primeiro desfile da sua coleção de lingerie. E para abrilhantar ainda mais o evento que mexeu com São Cristóvão. Léo contou com a presença dela, Sol ( Sheron Menezzes) , de Piedade para o mundo, protagonista do   último grande sucesso da autora – Vai   na Fé -     foi lindo e emocionante   ver o encontro de duas grandes protagonistas   do horário das   sete. ...

10 Novelas que marcaram a Rede Tupi

        Há   40 anos a Rede Tupi encerrava suas atividades, em 18 de Julho de 1980, ou seja encerrava-se a primeira emissora de tv a operar no Brasil.   A Tupi   foi fundada em 18 de setembro de 1950 pelo Jornalista e empresário Assis Chateaubriand , que também controlava vários outros veículos de comunicação, formando um grande conglomerado – Os Diários Associados . Em 20 de janeiro de 1951, nasceu a TV Tupi Rio , depois em 1955 a TV Itacolomi em Minas Gerais, e em 1960 a Tv Brasília entre outras, que acabaram por formar a rede.         O Pioneirismo e a experiência de rádio da maioria de seus profissionais transformaram a Rede Tupi em uma das mais importantes emissora do país até meados da   década de 70, quando a Rede Globo , que havia sido criada em 1965 ,   começava a dar seu primeiros passos para se tornar a líder em audiência.         Fo...

Meus Personagens Favoritos do Marcos Pasquim

O Vilão Ricardo   de “ Dona de Mim ”   e   o Denis, protagonista de “ Caras e Bocas ” na Globoplay Novelas         Em Dona de Mim , o público tem vibrado — e também odiado — cada aparição de Ricardo, vivido por Marcos Pasquim . O ator mostra toda sua versatilidade ao dar vida ao grande vilão da trama, construindo um personagem cheio de intensidade e contradições. Com sua postura imponente e olhar calculista, Ricardo se tornou aquele personagem que o público “ama odiar”. Suas atitudes cruéis, os jogos de manipulação e a forma como interfere na vida dos protagonistas da história de Rosane Svartmann   garantem fortes emoções em cada capítulo. Marcos Pasquim é daqueles atores que conquistaram o público com talento, carisma e versatilidade. Sua trajetória na televisão começou nos anos 90, em participações que logo mostraram sua força em cena. Aos poucos,   foi ganhando espaço em diferentes produções, até assumir papéis de ma...

10 Personagens que marcaram “A Terra Prometida”

        As tramas bíblicas da RecordTv não tem como seu forte grandes interpretações, o que chama atenção mesmo é seu enredo mostrando as passagens bíblicas costuradas com o bom e velho folhetim. Porém em A Terra Prometida , a trama do Renato Modesto , alguns atores, mesmo no texto limitado que tem que seguir o viés bíblico,  conseguem apresentar grandes intepretações e composição de personagens  que nos emocionam e mostram que o talento é capaz de  brotar e rasgar o texto marcando  momentos memoráveis à trama.         São eles: A Léia da Beth Goulart         Elogiar a Beth Goulart em cena chega a ser repetitivo. A atriz que  tem o talento correndo nas veias,  sempre consegue transformar os papéis por menores que sejam em grandes momentos na tv. E na pele da Léia isso não foi diferente. Inicialmente, Léia era a principal cú...