Ator, diretor de televisão, produtor teatral, escritor,
tradutor, cantor, radialista e político . . vamos estrear o ano de 2021 com os
personagens favoritos do saudoso ator Cláudio
Cavalcanti, que está de volta à Tv desde de dezembro do ano passado na reprise
de A Viagem (1994),
o remake da autora da Ivani Ribeiro.
Cláudio Cavalcanti iniciou a carreira de ator em 13 de
dezembro de 1956, ao dezesseis anos de idade, no Teatro Brasileiro de
Comédia (TBC), atuando ao lado de nomes como Nathália Timberg, Sérgio
Britto e Fernanda Montenegro. Estreando no mesmo ano em televisão
fazendo teatro ao vivo. Desde então
nunca mais interrompeu suas atividades
de ator, continuando no teatro ,
tv e cinema, tendo em seu currículo 41 peças, 39 telenovelas e 35 filmes.
Concomitante a profissão de ator, Cláudio Cavalcanti
exerceu outras atividades de destaque -
Com escritor com cinco livros
publicados, dentre os quais três antologias. Como cantor foi campeão de vendas
como o long-play “Claudio Cavalcanti”
em 1971.
Em 2006, candidatou-se a deputado estadual, sendo diplomado
suplente. Foi homenageado com várias
condecorações, entre elas a medalha Tiradentes (Alerj) e Medalha
General Zenóbio da Costa (Exército Brasileiro) , e é Comendador do Exército Brasileiro com a Medalha
do Pacificador.
Cláudio Cavalcanti nos deixou em 29 de setembro de
2013, no Rio de Janeiro, aos 73 anos. O Ator estava internado na UTI depois de
sofrer um choque cardiogênico, que evoluiu para uma insuficiência renal e
falência múltipla dos órgãos. Seu último trabalho foi uma participação na série
Sessão de Terapia da GNT, em 2013.
Para homenagear a grande carreira do ator galã que se
transformou em ícone da interpretação , vamos relembrar alguns de seus
personagens mais marcantes da TV, como o Dr. Alberto de A Viagem (1994), O
Padre Albano de Roque Santeiro (1985), o
pilantra Gustavo de Pai Herói (1979), o Jerônimo Coragem de Irmãos Coragem (1970)
entre outros.
Jean Paul de Anastácia , a Mulher sem Destino (1967)
Depois da estreia em 1965
no , considerado primeiro seriado da Tv Brasileira , 22-200 Cidade Alerta ,
em 1967 participou da sua primeira novela Anastácia,a Mulher sem Destino, do autor Emiliano Queiroz. Na trama deu
vida ao personagem Jean Paul, um mau-caráter, que disputava com o irmão o amor da personagem vivida pela Leila
Diniz. O ator ganhou todos os
prémios do ano relacionados as novelas.
Renato de Véu de Noiva (1969)
Em1969, Cláudio Cavalcanti viveu um dos personagens
importantes de Véu de Noiva, trama da
autora Janete Clair, que pela primeira vez apostava em tramas paralelas
a principal, ação que virou um dos
principais ingredientes das novelas a partir de então. Na trama, ele deu vida ao Renato, irmão
adotivo de Andrea e Flor, as personagens da Regina Duarte e Myrian
Pérsia. Gago, epilético , canhoto e muito tímido, é na verdade filho de Eugênio
(Ênio Santos) . Como Helena queria ficar com Eugênio, ela e Felício
planejaram a morte da jovem, que já estava casada com Eugênio e tinha 23 anos
na época. O filho de Roberta e Eugênio, Renato (Cláudio Cavalcanti), acabou
virando filho adotivo de Felício e Rita. Eugênio nunca desconfiou de nada, nem
de que Renato é seu filho. Em troca, Helena dava dinheiro a Felício, que sempre
contou a Renato que o rapaz era filho de um colono amigo seu, e que sua mãe
teria morrido quando ele nasceu, tendo a família Montserrat pedido para ele
cuidar da criança. Ao longo da trama, Renato descobre a verdade sobre sua origem.
Jerônimo Coragem de Irmãos Coragem (1970)
Em 1970, Cláudio foi um dos protagonistas da trama que arrebatou os brasileiros e, pela primeira vez trouxe o público masculino
para a frente da tv. Ele foi Jerônimo Coragem, na trama de Irmãos Coragem.
Garimpeiro honesto entra para a política para lutar contra o poder de
Pedro Barros (Gilberto Martinho) . No decorrer da trama corresponde o amor de Potira (Lúcia Alves),
uma índia criada por sua família como filha. Devido essa criação a considera
uma irmã e luta contra esse amor. No
final da trama , Claudio Cavalcanti e Lúcia Alves protagonizam
uma das cenas mais emocionantes de Irmãos Coragem
- A morte de seus personagens. Escondidos
em um gruta, Jerônimo e Potira são cercados pela polícia. Ela tenta falar com
os policiais, mas é morta, Jerônimo desesperado, é baleado enquanto carrega nos
braços o corpo da sua amada.
Juca Campos Lara de O Feijão e o Sonho (1975)
O Juca Campos Lara de O Feijão e o
Sonho
é citado com um dos personagens que o ator mais gostou de
interpretar. Ele declarou em entrevistas que
“Era como se tivesse sido
escrita para contar a história dos meus pais”.
“Meu pai era o feijão, que saiu do Rio para ir atrás de seu sonho: Casar com
minha mãe, que morava em Minas Gerais”.
A novela foi a primeira do autor Benedito Ruy Barbosa
como contratado da Rede Globo e se passava em quatro diferentes fases da vida do casal
Campos Lara, os protagonistas vividos pelo Cláudio e a Nívea Maria. Em 1925, na Cidade de Sorocaba; de
1925 a 1927 , no bairro do Bixiga, na capital Paulista; em 1937, em Capinzal ,
Santa Catarina e em 1946, novamente na capital paulista.
Otávio Becker de Dona Xepa (1977)
Em 1977, integrou o elenco
da primeira novela contemporânea apresentada no horário das seis da Globo
com direção do Herval Rossano. Até então, e desde 1975 , todas as outras
tramas eram de época. Em Dona Xepa, adaptação
da peça de Pedro Bloch, escrita por Gilberto Braga, Cláudio
Cavalcanti deu vida a Otávio Becker,
jovem rico e idealista. Filho dos proprietários de uma das mais
importantes cadeias de revistas do país,
a Editora Becker. Recusa-se a aceitar a posição de herdeiro e o futuro dono das
empresas, com a qual não tem a menor afinidade.
Em 1990, em Lua Cheia de Amor, uma espécie de remake de Dona Xepa, reescrito por Ricardo Linhares, Ana Maria Moretzsonh e Maria Carmem
Barbosa, Claudio Cavalcanti deu vida ao personagem Conrado, que
correspondia ao pai do seu personagem na versão de 1977.
Gustavo de Pai Herói (1979)
Em 1979, Cláudio Cavalcanti novamente ganhou um papel
de destaque em uma trama da Janete
Clair. Em Pai Herói ele deu vida ao vigarista sedutor Gustavo. Um
aproveitador e trambiqueiro de marca maior que , entra na vida de Ana Preta (Glória Menezes)
como corretor de imóveis, a pedido de Baldaracci (Paulo Autran). No decorrer da
trama trai Baldaracci e passa a trabalhar para Ana, gerenciado a casa de
gafieira desta, Flor de Liz. Ao conhecer Walkíria (Rosamaria Murtinho), ver a
chance de ser dar bem em cima de uma mulher rica e apaixonada, porém ao
perceber sua doença, a esquizofrenia,
acaba arrebatado de amor por ela.
Edir de Água Viva (1980)
Em Água Viva, do Gilberto
Braga, Cláudio Cavalcanti viveu o complexo Edir, um professor de história
idealista, casado com Márcia , a personagem da Natália do Vale, uma
mulher que apesar de amá-lo, almejava uma vida com mais glamour. O Casal de
atores protagonizaram várias cenas longas de DR´s sobre os problemas conjugais,
até culminar na separação, quando Márcia começa a ganhar mais que o marido,
como empresária do ramo de eventos.
Padre Albano de Roque Santeiro (1985)
No fenômeno Roque Santeiro , do Dias Gomes , Cláudio Cavalcanti viveu
um dos personagens que contestou o mito do Santo que estava vivo, na figura do Padre Albano. Padre liberal, entra em atrito com o Padre
Hipólito (Paulo Gracindo), por suas ideias progressistas. Descobre a farsa
sobre Roque Santeiro (José Wilker) e
tenta em vão alertar a cidade. Vive uma amor proibido com Tânia (Lídia Brondi), o que é contra os preceitos de suas
religião.
Claudio Cavalcanti foi o protagonista do grande clímax
de Roque Santeiro
: Padre Albano, ciente da farsa, bate o sino da igreja matriz e reúne
todos na praça para desvendar a farsa do santo que está vivo. Só que, neste
mesmo dia, o Beato Salú (Nelson Dantas), pai de Roque, que estava em coma,
“ressuscita” e a população fiel, ao invés de ouvir a verdade, acaba celebrando
mais uma vez um milagre de Roque Santeiro – “O
Mito é mais forte que a verdade” é a constatação.
Sandro Galhardo de Hipertensão (1987)
Sandro Galhardo, o dono do teatro mambembe que chega a cidade de Rio Belo e movimenta o
local, foi mais um protagonista na carreira de Cláudio Cavalcanti. A
trama de Hipertensão , era o remake de Ivani Ribeiro, de sua trama Nossa Filha Gabriela, exibida pela Rede
Tupi em 1971.
Conrado de Lua Cheia de Amor (1990)
Em 1990, em Lua Cheia de Amor, uma
espécie de remake de Dona Xepa, reescrito
por Ricardo Linhares, Ana Maria
Moretzsonh e Maria Carmem Barbosa, Claudio Cavalcanti deu
vida ao personagem Conrado, que correspondia ao pai do seu personagem na versão
de 1977. Maurício Mattar deu vida
ao Augusto, o filho idealista de
Conrado, com o qual sempre batia de frente por não aceitar os preceitos que a
família vivia.
Dr. Alberto de A Viagem (1994)
Em A Viagem, remake da Ivani
Ribeiro, exibido originalmente em 1994, e atualmente reprisado pela segunda
vez no Viva, Cláudio
Cavalcanti deu vida a um dos seus personagens mais marcantes da década de
90 – O Dr. Alberto, o médico e espiritualista amigo das famílias de Otávio
Jordão (Antônio Fagundes) e Dinah (Christiane Torloni). Com a morte de
Alexandre (Guilherme Fontes), Alberto passa
através de suas crenças a tentar se comunicar com ele em outro plano, e passa a ser uma peça importante
para a libertação da possessão de alguns personagens pelo espírito ruim do
irmão de Dinah. Vive também na trama uma
grande paixão com Estela (LucinhaLins).
Tolentino de ExplodeCoração (1995)
A Veia cômica de Cláudio Cavalcanti foi testada com o
personagem Tolentino de Explode Coração (1995), em
dobradinha com Zezé Polessa, que viveu sua esposa, a nova rica Mila.
Eles eram vizinhos da família de Dara (Tereza Sseiblitz), a protagonista cigana
da trama de Glória Perez, e implicavam com os costumes e figurinos dos
mesmos.
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Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
Pesquisa: www.wikipédia.com.br
www.memoriaglobo.com.br
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