Ufa!
O SétimoGuardião conseguiu chegar ao fim
nesta sexta-feira (17.05), e o que era
para ser o grande retorno do Aguinaldo Silva ao Realismo fantástico
e volta do gênero ao horário nobre , acabou se transformando em uma das tramas
mais equivocadas do horário nobre,
chegando a ofuscar neste quesito Babilônia (2015) e A Lei do Amor (2016).
Muito antes de entrar no ar, O Sétimo Guardião já
era uma novela a acompanhar por causa da confusão pela
paternidade da trama, que Aguinaldo
Silva e a Globo tiveram que
enfrentar com alunos de um curso de
autores promovido pelo autor. A confusão atrasou a viabilidade da trama que por
pouco não foi pro ar. Hoje talvez
ninguém nem fizesse tanta confusão por essa paternidade!
Depois que estreou, a falta de química entre os protagonistas Luz
e Gabriel, os personagens da Marina
Ruy Barbosa e Bruno Gagliasso, a
história incoerente , os entrechos esquecidos pelo autor no meio do caminho
mostraram que os bastidores da trama acabaram sendo mais “folhetinescos” que a
história ficcional.
Teve briga entre as estrelas do elenco - Lília Cabral e Marina Ruy Barbosa; a separação do José Loreto (O Junior da trama) da esposa, supostamente tendo
Marina com pivô; as doenças do Bruno
Gagliasso; a morte de um figurante e
agora na reta final, a acusação de
assédio contra o ator Caio Blat, que
vive o Geandro, por uma atriz do elenco
que ainda não teve o nome divulgado. Enfim uma trama bem mais interessante e
cheia de entrechos que a apresentada na tv.
Marina
Ruy Barbosa em sua primeira protagonista oficial viu a Luz se apagar
logo na fase inicial da trama , e com a
falta de química gritante que rolou entre ela e o Gagliasso foi um pulo para a trama desandar.
Não tenho receio de dizer que os personagens anteriores dos atores, A Amália de
Deus Salve o Rei (2018) e o Mário de Sol Nascente
(2016), tidos como fracos, foram 100% melhores e mais interessantes
que a Luz e o Gabriel.
Deu vergonha ver a Lília Cabral fazendo uma vilã tão caricata e sem brilho. E o Tony Ramos então! O Ator que estreou no
texto do Aguinaldo Silva, ganhou um
personagem tão engessado que nem ele conseguiu dar vida.
O pior é que O Sétimo Guardião tinha bons entrechos e ótimos personagens com histórias que encheram os capítulos iniciais e, que
se bem roteirizados e melhores aproveitados certamente teriam salvo a trama
desse fiasco – o caso da abordagem da violência doméstica com o Nicolau
(Marcelo Serrado) e Afrodite (Carolina Dieckmann); a lolita Lourdes Maria
(Bruna Linzmeyer); a Stefânia da Carol
Duarte; o Delegado de calcinhas, vivido pelo Milhen Cortaz; Marilda (Letícia Spiller) e água milagrosa; o
alcoolismo da Stela (Vanessa Giácomo) entre outros.
Salvos da trama mesmo só Elizabeth Savalla e Isabela Garcia na
pele das verdadeiras protagonistas -
Mirtes e Judith.
Isabela Garcia foi reconhecida inclusive por Aguinaldo
Silva como grande estrela da trama, não à toa que foi alçada ao posto da
serial killer que eliminou 5 dos 7 guardiães da história. A atriz que foi demitido do
casting de estrelas da Globo no início de 2018, ganhou a
personagem que tinha como referencias iniciais ser a empregada da casa da fonte.
Porém talento é um negócio muito importante, e em poucas cenas e quase sem
falas, Isabela se entregou de tal forma a história
que foi impossível deixa-la fazendo apenas figuração.
Elizabeth Savalla ,
mesmo sendo a beata falsa e moralista, que ditava regras, mas que na
verdade era um poço de maldade, um tipo de personagem típico das tramas
realistas fantásticas do autor, não era a grande vilã da trama – esse posto era
da Valentina, a personagem da Lília Cabral.
Porém Valentina não passou de um show cênico de frases feitas,
e Aguinaldo Silva passou o bastão para a Mirtes, que brilhou
em grandes cenas dentro da novela e
nesta reta final ganhou o perdão através
da redenção da personagem. Ou seja, um entrecho destinado a vilã mor
de uma novela, o que ela conseguiu com competência e maestria
assumir em O Sétimo
Guardião.
O Público não comprou o enredo, e se
pararmos para pensar, da forma
que foi roteirizado, é um entrecho muito fraco – Sete guardiães
que se juntam para proteger um
fonte que cura pessoa. O Porque de
proteger e não utilizar seu benefícios? Por que punir quem trai e não quem
invadiu e tentou fazer o mau uso?
Enfim, uma história nada
fantástica, e sim infantilóide. A História foi
muita fraca para o texto do Aguinaldo Silva e para
um um horário nobre e, infelizmente sai do ar como uma trama que não
aconteceu!
Veja Também:
10 Bons entrechos que O SÉTIMO GUARDIÃO ficou nos devendo |
O Sétimo Guardião |
Nossos Autores - Aguinaldo Silva |
Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
Comentários
Postar um comentário