O Bafo de Bode de “Tieta”
“Isso não é uma mulher . . . é uma
plantação inteirinha de
xibiu”
É do personagem dele a frase mais icônica de Tieta,
trama do autor Aguinaldo Silva, em reprise no Vale a Pena
Ver de Novo, e que novamente se transforma em fenômeno na tv
aberta.
O Bafo de Bode seria um mero personagem secundário sem um
interprete à altura, e o Bemvindo Sequeira conseguiu em seu primeiro personagem na tv, ganhar o destaque e entrar para o hall dos personagens mais marcantes da trama.
Bemvindo Sequeira é ator, humorista, ativista político, escritor, encenador, blogueiro
e babalaô. Artista engajado nas artes
cênicas e em manifestações políticas, iniciou a carreira nos palcos
teatrais com mais de quarenta montagens em seu currículo.
Dirigente de Entidades Profissionais na área dos
trabalhadores e de autores, possui curiosamente o Registro Profissional número
01 do Livro 01 às folhas 01, na Delegacia Regional do Trabalho - DRT BA.
Ao lado de Lélia Abramo, Vanda
Lacerda, e Otávio Augusto,
participou da elaboração da Lei
6.533, que regulamentou a profissão de Artista e Técnico
no Brasil. Criador do moderno Teatro de Rua no Brasil em 1977 em Salvador.
Publicou o livro "Humor, Graça e Comédia" pela editora Litteris.
Com a carreira consolidada no teatro, no final da década de 80 , o ator
ganhou grande projeção , tendo seu trabalho conhecido em todo o Brasil
graças ao Bafo de Bode de Tieta, sem dúvidas o mais marcante em sua carreira ao
lado do Zebedeu de Mandacaru (1997) e o Seu Brasilino da Escolinha do Professor
Raimundo (1992).
Um ator de muitos recursos, com formação raiz de teatro, ele contou em entrevistas que
quase desistiu de viver o Bafo de Bode,
sua primeira cena, a icônica cena do
retorno de Tieta (Betty Faria)
a Santana do Agreste, lhe
assustou, e deu trabalho. Mas felizmente ele não desistiu e nos
proporcionou um Bafo de Bode e
vários outros personagens espetaculares
que vamos relembrar nessa homenagem do post.
Bafo de Bode de Tieta (1989)
O mendigo Bafo de Bode era, além de um "bebum", um
personagem atrevido, desbocado, sujo e maltrapilho. Isso significa que, em
teoria, ele possuía inúmeras imperfeições que poderiam afastar o público, mas
não foi isso que aconteceu - o
personagem foi um dos destaques da trama de Aguinaldo Silva, e embora
Bemvindo tenha declarado em entrevistas que os bastidores da novela não
foram assim tão bom pra
ele, sem dúvidas foi um divisor de
águas em sua carreira. Sem pretensão
Bafo de Bode virou uma espécie de alter ego do autor, que através
do personagem podia dizer o que quisesse dentro da trama – seja
para outro personagem ou para o
telespectador. Rever Tieta agora
comprova a força e a importância desse personagem para a história da nossa teledramaturgia.
Zebedeu de Mandacaru (1997)
Depois de algumas participações em novelas e viver o Brasilino Roxo, um dos alunos da Escolinha
do Professor Raimundo, nos anos de 1992
e 1993, Bemvindo saiu da Globo
e foi contratado pela extinta Rede Manchete onde estreou na trama de 74.5 – Uma Onda no Ar (1994)
e depois viveu o Lupicínio em Tocaia Grande (1995), mas foi o Zebedeu de Mandacaru,
novela do Carlos Alberto Zetton, o grande momento do ator na emissora.
Zebedeu foi o primeiro vilão do Bemvindo na Tv,
que usou com maestria a fórmula
maldade com humor, transformando o personagem com grande empatia junto ao
público da Manchete.
Alfredo Dias de Cidadão Brasileiro (2006)
Depois do retorno á Globo no início dos anos 2000, em 2006 ela troca novamente de
emissora, desta vez na RecordTv, onde
já havia participado da Escolinha do Barulho, em 1999.
Em 2006, na nova
emissora deu vida ao Alfredo Dias, dono do Bar e Cinema da pequena fictícia de
Guará, da trama de Cidadão Brasileiro, do autor Lauro César Muniz.
Clemente Palhares de Bela, a Feia (2009)
Em 2009, Bemvindo deu vida
a um interessante personagem na
trama de Bela, a Feia , do autora Gisele Joras. Clemente é o pai de Bela
(Gisele Itiê), Elvira (Barbara Borges) e
Maximiliano (Sérgio Hondjakoff). É um pai amoroso com todos os seus três
filhos. Sambista, compositor frustrado e dono de um botequim na área portuária
do Rio. Simpático e muito popular no bairro onde mora, é um típico “boa-praça”.
Dorivaldo de Dona Xepa (2013)
Em 2013, Bemvindo Sequeira entrou no elenco de Dona Xepa, o remake escrito por Gustavo Reiz.
Na Trama, ele deu vida ao boa praça Dorivaldo, grande amigo e
eterno apaixonado de Xepa (Ângela
Leal). Aliás, a dobradinha cênica entre
ele e Ângela Leal foi um dos destaques da novela.
Baruk de OsDez Mandamentos (2015)
Bemvindo Sequeira entrou no viés bíblico na trama de Os Dez Mandamentos, novela da Vivian deOliveira, que foi um dos
fenômenos do gênero da emissora. Na trama ele deu vida ao viúvo Baruk , pai
de Anibal (Thierry Figueira) e Menahem (Jorge Pontual).
Proprietário de rebanho de ovelhas e comerciante. Homem sem escrúpulos, rude e
ignorante. Baruk quer ter sempre mais, não importa como. Disputa a posse do
poço de Jetro (Paulo Figueiredo) por
ganância e não vai deixar barato. Baruk detesta perder e quer ter mais
influência em sua comunidade do que Jetro.
Adolfo Canarinho de Topíssima (2019)
Outro personagem marcante
do ator na Rede RecordTv foi o
Adolfo Canarinho de Topíssima,
trama da autora Christiane Fridmann.
Adolfo Canarinho é um senhor simpático, aposentado, que tem esse apelido
por viver assobiando. Frequentador mais antigo e assíduo do restaurante de
Mariinha (Sílvia Pfeffer) no Vidigal.
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Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
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